kitschnet - mini-pratos ao balcão: 03.06


31.3.06

josefina
antes da sua chegada, napoleão mandava um emissário com um recado: "chego daqui a três dias, não te laves".
isto sim! imperial.

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declaração universal dos meus direitos
ai como é bom ter uma boa conversa!

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a terra do nome
Foros de Catrapona

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verbo dizer
vem nos livros

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post-operatório
se não escrevo, esqueço-me.

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efeméride
hoje, pela primeira vez achei graça ao markl

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[anjos e palhaços meu doce, anjos e palhaços]

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NOSTALGIA: ténis redley

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faltam-me as paciências
para almas demi tigel

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30.3.06

nocturno

- eu hoje estou tão gira que nem me apetece pôr o pijama

- desculpa mas essa tem de ser publicada

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é o que é
não sei muito nem faço alarde. vou lendo aqui e ali as vidas dos outros, as vidas, os outros e sabe-me bem. fica simples, cada vez preciso menos das palavras de que cada vez preciso mais. o poço no fundo é bom. demaneirasque mais ou menos tortuosamente a pedra parte-se e segue-se para bingo. e oiço coisas bonitas, fazem-mas e faço-as sempre que sei. sei pouco mas vou sabendo. e lendo e assim, aqui e ali, a abrir caixas, desmontar tralhas e a ver os placards de cortiça que uns e aqueles deixam pendurados para público ver. e são montes e são mostras e montras que eu olho. e vejo e pronto. ponto. lembrei-me do livro a terra da alegria e alegrei-me. bingo. acho que vou pra artista, se não for para mais nada ou para o resto.

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assim

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insight
um homem e uma mulher pertencem juntos.

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aliás



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não
minha gente, eu não vou de modas.

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29.3.06


pássaros passarinhos passarões e passarucos
aves de rapina melros e cucos


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para levar
embrulhe tudo com papel de parva.

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idade da pedra
quando as coisas deixam de ser giras para serem interessantes.

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bons dias
um leite condensado, uma coisinha enorme, um papagaio num galho, um baloiço embalado, um blábláblar sem fim, um pôr do sol assim, tu de lado e depois eu, de bicicleta até viseu, eu salto, tu mais alto, pimponeta, pimponeto, pin e pon, ping e pong, um pingo, um gongo, um pião, um coreto, um corneto, um xilofone, um higiofone, um trombone todo boca, tudo louco nos conformes. correria cobertores, leitaria, duas vozes, gritaria. um bom bom, um aleron pra voar mais, é chunga mas faz-se uma rumba, um arrombo rua fora, sem demora, um desfile de vasos e majericos de circo, arcos e flechas de borracha, argamassa de castelo, um pé na praia outro no chinelo.

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de plantão
é perfeitamente imbecil não se ser bom.

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28.3.06

let's stirr things up

falta de ideias? em centenas de anos de história e não se lembram de nada? e abrir um livro, que tal? ou ousar imprimir mais do que três pobres curiosidades diferentes, não? e parar de nos irritar com pacotinhos insignificantes com mensagens insignificantes? e que tal não usarem a clientela para a pesquisa? e que tal se eu mandasse um e-mail-curiosidade inventado? acreditavam? hein? que tal? que tal quetal quetalquetalquetalquetal?*

*sim, estou irritada. não, não é café a mais.

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[apontamento egotista]
[às vezes
não escrevo nada porque acho que já tudo foi escrito. o mesmo no dizer.
às vezes perco o modjo porque sei que conheço quem me lê]

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coisa absurda
ser-se dono de uma companhia.

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mondia

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cálvário chic
aqui, numa de religion casual electro fab.

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e eu não quero escrever aqui assim nem assado cozido frito salgado, mas voltimeia vem a ânsia de mais e daquela perfeição , não a utópica, a outra. na palavra, na lavra, em tudo. o rumo que eu não sei e que gostava de saber. como não sei o que hei-de escrever e fico no tapete, baralhada a contar as cartas que mandei e o 21 que não saiu e eu não sei porquê. como não sei o resto e o relaxe não é sauna, é estupidez. e ando aqui ali a ver, a afastar a cortina dos cantos a ver se encontro restos em que possa pegar, mas quase tudo foge, ou quase tudo são restos , e mesmo o que fixo parece-me fugidio, a escorregar, enguia que nem descarga dá, só apita. assim, uma enguia que apita ou assobia, feita chaleira ridícula. e depois, uma vez mais este pseudointimismo enervante de mim que dedilha as linhas sem querer, a saber que há melhor aí, a resistir mas a reter. e lá vai um ai, arrancado em caixa alta, seja lá o que isso for.

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27.3.06

em manutenção, veja a continuação da asneira mais logo.
a ciência agradece.

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verbo dizer
inspirar cuidados

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bate certo

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fim de semana padrão



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FAZ-TUDO


[o reino da possibilidade]


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real statement agent
i don't do reality*






*just the show

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26.3.06

shake'm if you have'm

mano a mano

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um apitão, e um sino e nós na calçada e nós de laçada a descobrir o caminho da rotunda do sul ao sol, meia tosta, uma aposta vai e enrosca. o primor do corredor e uma antecâmara para o filme a sorrir. uma bica de soja e depois na loja para ti a etiqueta que diz made in heaven e eu que te digo anda e leva-me. e vêm estrelas, tambores e sardinhas ao comprido e ideias e manias ambulantes que em salpicos de água benta estou contigo à relenta e me embalas rua abaixo. e todos no cesto a saltar, abanicos e penicos, as bolas ao poste e uns a pastar. e depois amanheces de milagre e vamos ao rio pescar o jornal de fio a navio. gatos, postais, portais, telhados malhados, varandas e miras de ouro e nós numas andas a fazer o passeio na calçada do encalço, olha nós de pé descalço. e sem poder dizer nada, eu fico calada a ver-te sorrir.
a pose para a lente
e
de repente,
trazes-me mas eu fico.

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bless you

o presente é sagrado
e eu abençoada


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gatunage
[roubarem-me uma hora e saírem impunes]

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tem nervo
pessoas que usam a expressão querida, ou o seu masculino numa argumentação.

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24.3.06

givemeanei!


hang on hang on hang on hang on hang on hang on hang on hang on hang on hang on hang on hang on

do que ficou por dizer, quando não há nada que se possa dizer

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I fancy
gosto do I empolado do inglês

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palavra de honra
sumptuoso

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a gosto
o som das calças de bombazine

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23.3.06

foxylady
do alto do meu poleiro proclamo sem modéstia, que isto é para ser visto via firefox

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solenemente
irritam-me as pessoas sem variações de humor.

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let the games begin

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22.3.06

de costas nas escadas, mal equilibrado, coitado do rapaz, estafeta em fim de dia, cansado, talvez. nas escadas, de costas e eu queria passar e nem lhe disse boa tarde, nem ele a mim. dei-lhe um com licença e ele destrocou-me aquilo num ai desculpe, como quem diz estou aqui sem querer. de cabeça baixa, meio torto nos degraus, um ar pouco instruído, meio sem saber onde encostar os papéis e como se organizar, e sem levatar os olhos, desculpe, passe, claro, claro. e a grunhice frágil enternece-me e apetece-me dizer-lhe levanta-te e anda e ele fica ali, sem mostrar a cara, todo mãos a segurar os papéis a pedir desculpa e eu passo num instante para não o incomodar.

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a nostalgia de uma tecla de piano de cadência lenta equidistante ao longe. e de repente a ideia assustadora de que se não te dissesse nada, também não mo dirias. e depois vinha a noite e comia-me e eu ficava a olhar. e mais nada.

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